Dando a largada

As atividades do cotidiano devem ser um reflexo da alma e não somente o cumprimento de tarefas.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Palavras salvas do fundo do poço de um desamor descansam em águas calmas. Dormem o sono profundo do verso livre das rimas desencontradas. Lá fora o vento açoita as letras preparando o despertar do sonho escrito a dois.

sábado, 13 de novembro de 2010

Se quiser pode vir conhecer o meu pomar, eu vou deixar você catar os morangos madurinhos. Daí num dia qualquer você me leva pra sentir o perfume do seu canteiro de jasmins... Então fica combinado assim nossas futuras colheitas!
O leito do meu rio de mágoas desaguou na foz do oceano de fé e foi se juntar às águas do céu. Falta agora achar uma cascata de ventura para derramar as gotas finais que eu bebi do teu inferno.
Queria ouvir umas palavras mágicas para poder te guardar no meu arquivo de boas recordações. Meras formulações do tipo: perdão por ter omitido a verdade; desculpa por ter te enganado descaradamente; ou, eu não tinha o direito de jogar sujo com seus sentimentos... Mas sei que não dirás nenhuma delas, por pura falta de competência!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Loucura de ter sido tua
Seguindo os rastros da escuridão a sós
Caminhei passos trêmulos além de ti
Curiosamente a fim de desvendar segredo
Recriei momentos confinados no teu ser
Querendo desatar os nós que sufocavam
Procurei respostas para um coração em fuga
Mergulhando fundo em teu poço abstrato
Deparei com a sonegação de muitos fatos
Invadindo sorrateira a porta entreaberta
Achei pistas gravadas em teus retratos
Enfrentando teu tempestuoso mar interior
Venci o gelo prémoldado do teu descaso
Tentando reaver o tempo em desalinho
Senti o corte da tua razão retalhar a emoção
Embaralhando cartas das perguntas vãs
Olhei no espelho de minh’alma a tua face
Oculta pelo medo de saber quem és!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Da saciedade à falta
Do amor ao rancor
Da atenção à indiferença
Da chegada ao desencontro
Da atitude à indecisão
Da coragem ao temor
Da clareza à sombra
Do calor à frieza
Da magia à ilusão
E os sonhos?...
Simplesmente acontecem...
Se inverter esta ordem!