E ele precisava de alguém pra chamar de vida e dar sentido à própria vida, que até então fora um rascunho cheio de borrões... nunca passado a limpo!
Dando a largada
As atividades do cotidiano devem ser um reflexo da alma e não somente o cumprimento de tarefas.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Aí um dia ela se apaixonou por um cara estranho que a fez sentir algo ainda mais estranho. Seu erro foi julgar ser o fruto maduro que ela gostaria de experimentar. Mas não era... E depois de tanta estranheza, ela disse adeus a esse estranho de uma maneira nada estranha, até bastante convencional. Como ele era estranhamente arrogante, nunca mais falou com ela. Todos acharam essa estória muito estranha!
Era tempo de calmaria quando a quietude pediu abrigo na casinha amarela iluminada à meia luz. Cansada de ouvir os gemidos do vento que despenteava suas idéias, a inquieta moradora escancarou a porta da frente para receber a nova companhia, da qual ela nunca mais ia se separar... por nada nesse mundo!
sábado, 18 de dezembro de 2010
Procurei respostas para o coração em fuga
Mergulhei até o fundo de um poço abstrato
Deparei com a sonegação de muitos fatos
Invadi sorrateira a porta entreaberta
Achei rastros deixados nos retratos
...Quebrei o gelo prémoldado no descaso
Embaralhei as cartas de perguntas vãs
Olhei no espelho d’alma a própria face
Oculta pelo medo de saber quem tu és...
E no fim daquele estranho caminho
Dei a volta no tempo em desalinho...
Desatei os nós que me sufocavam!
Mergulhei até o fundo de um poço abstrato
Deparei com a sonegação de muitos fatos
Invadi sorrateira a porta entreaberta
Achei rastros deixados nos retratos
...Quebrei o gelo prémoldado no descaso
Embaralhei as cartas de perguntas vãs
Olhei no espelho d’alma a própria face
Oculta pelo medo de saber quem tu és...
E no fim daquele estranho caminho
Dei a volta no tempo em desalinho...
Desatei os nós que me sufocavam!
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
Queria ouvir umas palavras mágicas para poder te guardar no meu arquivo de boas recordações. Meras formulações do tipo: perdão por ter omitido a verdade; desculpa por ter te enganado descaradamente; ou, eu não tinha o direito de jogar sujo com seus sentimentos... Mas sei que não dirás nenhuma delas, por pura falta de competência!
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Loucura de ter sido tua
Seguindo os rastros da escuridão a sós
Caminhei passos trêmulos além de ti
Curiosamente a fim de desvendar segredo
Recriei momentos confinados no teu ser
Querendo desatar os nós que sufocavam
Procurei respostas para um coração em fuga
Mergulhando fundo em teu poço abstrato
Deparei com a sonegação de muitos fatos
Invadindo sorrateira a porta entreaberta
Achei pistas gravadas em teus retratos
Enfrentando teu tempestuoso mar interior
Venci o gelo prémoldado do teu descaso
Tentando reaver o tempo em desalinho
Senti o corte da tua razão retalhar a emoção
Embaralhando cartas das perguntas vãs
Olhei no espelho de minh’alma a tua face
Oculta pelo medo de saber quem és!
terça-feira, 2 de novembro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
A interrogação derradeira daquele amor tangente parecia o som arranhado do vaivém da agulha num antigo vinil. A frase indagante queria dois pontos de explicação diante das vírgulas e reticências traçadas nas entrelinhas da pauta. E a resposta covarde se escondia entre aspas achando que poderia escapar da sentença final. Não sabia ela que na página seguinte a exclamação lhe preparava uma surpresa em alto estilo verbal.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Um vício suspeito cobriu de poeira o horizonte
Um brilho gelado lançou o gesto para longe
Um amor imperfeito espreitou a alma despida
Um sonho desfeito mostrou a face escondida
Rasgo nos dentes palavras afiadas
Diluo na boca mágoas cansadas
Salivo na língua sentenças surdas
Liberto na mente saudades mudas
domingo, 17 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
O feitiço quebrou, o encanto partiu-se ao meio com o peso da indiferença que sobrou. Nada lhe convém que não seja o ideal talhado em pedra de diamante... Não eras tu o solidário e incoerente, o mais frágil e sorridente? E eu, constante e simples mulher à mostra, com o coração balançado entre viver ou morrer de amor? Terei até o fim do luar uma resposta para essa confusão entre querer e poder? Ah, quem me dera ver além do que está na cara...
Mulher de fases, fusos, faces... Variantes de humor, mapeadas a riso e dor, balanças tuas vestes por cores tortas. Estrelas são tuas rotas, tuas visões voltadas ao céu... Mulher de intuição, de intenção, de imersão... Dá asas ao coração, no sentido da emoção em flor, aquece os jardins das delícias. E num piscar de olhos acorda para a razão, pois tua é a natureza dos sonhos - de toda parte que surpreende.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Perguntei ao luar, onde anda a saudade
Das vozes, dos cheiros, das risadas
Não! Não digo que enterrei meus sonhos
Eles só trocaram de fantasias, bem sei
Querem novas paisagens, outras alegrias
Insisto em saber a resposta
Onde estará minha velha saudade
Companheira nas noites, tardes, dias
Dos encontros, do choro, do tudo, do nada
Daquilo que eu achava tão bonito...
Deito na grama, olho pro alto e imploro à lua
Por favor, me diga, onde está minha saudade
Com seu brilho prateado, ela responde:
Foi pra longe procurar outro ninho
Suspiro aliviada... Já não preciso mais dela.
Senti a verdade ausente na vontade fraca. Senti a vida correr solta para nenhum lado. Senti a falta de amor nas palavras ditas. Senti os passos perdidos em vacilante caminhada. Fui adiante sentindo o toque vazio de mãos veladas. Subi degraus feitos de areia sobre pilares de gelo. E dei por mim despertada no abstrato reino da ilusão...
Livra de mim falsas verdades. Apague as infâmias públicas usadas pra defender as próprias falhas. Seja honesto com todos ao seu redor do mesmo modo que deles espera. Nem por ti nem por ninguém virarei as costas ao meu ser pleno de felicidade. Saia das trevas... Venha comemorar a minha vitória longe da tua sedução!
Não existe contar do tempo para percorrer os passos da via-crúcis da paixão. E de repente, mais que de repente, tudo o que encantava torna-se motivo de escárnio e ironias corrosivas. Citações de poetas caem no vazio das palavras. Apelos musicais viram ecos sem ressonância. Se antes os olhos brilhavam de emoção, agora faíscam de sarcasmo... O dia a dia se torna melodrama... Mas acabou de novo (?)... Difícil aprender a lição... A paixão emburrece! Já avisei lá em casa: se outra vez eu for pega pela armadilha da paixão, quero que os aparelhos sejam desligados, não desejo sofrimentos desnecessários...
domingo, 10 de outubro de 2010
Ela queria ganhar o céu para viver nas nuvens de cetim. Ele queria o brilho do sol e a terra que faltava sob os pés descalços. Ela não abria mão de um planeta com anéis de diamantes. Ele queria as estrelas que ela prometeu lhe dar quando voltasse da lua. Eles se encontraram e se amaram dias e noites em fantasias musicais... Ela se agarrou ao rabo do foguete e rumou para outra galáxia. Ele virou fragmento cósmico e ficou preso à nave da ilusão astral... Ela era o vento, ele a tempestade!
Às vezes me perco entre as lembranças. Às vezes busco alguma coisa que me dê sorte. Às vezes me procuro no pensamento. Labirinto que me faz perder o norte. Às vezes meus passos levam a um absurdo encontro... Às vezes me acho nele e vou em frente... Estou sempre à procura do sol nascente... Sou daquelas que preferem estar só que em má companhia...
A paixão é euforia, o amor comedimento. A paixão corrói o peito, o amor constrói o leito. A paixão é cega, o amor vê além. A paixão é fogo ardente, o amor calor envolvente. A paixão é inconsistente, o amor constante. A paixão é exigência, o amor compreensão. A paixão é traiçoeira, o amor respeito. A paixão é insegura, o amor é confiante. A Sabedoria é Divina. A Esperteza é do Homem... E para o bom entendedor, meia palavra basta!
sábado, 9 de outubro de 2010
Finalmente
Demorei mais do que devia mas sempre soube que tudo tem sua hora de chegar, e aqui estou fazendo minha estréia no palco das palavras.
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